quinta-feira, 6 de julho de 2017

Punctum e Studium by Roland Barthes

Fui olhar o nosso pai das informações (google) e achei muita coisa interessante sobre a relação Punctum e Fotografia. O melhor foi entender por que uns veem o punctum diferente de outros e ambos estarem certos.

No blog acima citado encontrei, de maneira clara, a seguinte explanação: 
O conceito de Punctum aparece junto com o de Studium e ambos devem ser entendidos juntos - o que já me interessou pois devem se referir à bipolaridade humana.

São conceitos elaborados por Barthes no seu livro "A Câmara Clara" (1980), um clássico da teoria fotográfica. O punctum forma, junto com o studium, a dualidade que norteia o interesse por uma fotografia. Em outras palavras,  seria o objetivo (studium) e o subjetivo (punctum) da fotografia.
Para Barthes, o studium é o interesse objetivo, guiado pela consciência da ordem natural (ou formal) que engloba características ligadas ao contexto cultural e técnico da imagem.
Já o punctum tem caráter subjetivo, é um interesse que se impõe a quem olha a fotografia; diz respeito a detalhes que tocam emocionalmente o expectador e variam de pessoa a pessoa. É o que estimula na fotografia, que atinge o apreciador.
O punctum interessa justamente porque é a própria subjetividade do leitor: é pessoal e intransferível, cada um enxerga o seu. E porque realmente atinge, faz a fotografia viver no interior de quem a observa. Confere ao observador uma voz, a oportunidade de colocar a sua opinião. "...é aquilo que eu acrescento à fotografia e que, no entanto, já está lá!". (Barthes, 1980:32)

Assim, digo eu, de um lado o punctum acrescenta vida à fotografia pela interpretação pessoal emotiva de cada um, ao mesmo tempo que acrescenta ao observador um enriquecimento  cultural espontâneo de apreciação estética. De outro lado, o studium (estudo em latim) é que torna possível traçar parâmetros qualitativos a fim de atribuir valores às características artísticas e técnicas das obras fotografadas.
Desse modo, a qualidade e o valor de uma fotografia dependem tanto da qualificação técnica do fotógrafo ( studium) quanto da sua sensibilidade para perceber o conteúdo emotivo do conjunto que vai fotografar (punctum ou a capacidade subjetiva  do fotografo : a famosa Vocação). 
No fundo de uma fotografia, tanto daquele que a faz como de quem a aprecia está a necessidade intrínseca do homem de ler toda imagem da vida incorporando-a às emoções de suas experiências passadas, vividas no presente ou esperadas  no futuro.

 
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